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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Será mesmo o fim de tudo?


Fim de ano...
Fim, porque tudo tem que ter um fim...
Fim de um sonho, de uma época, de uma amizade de um amor...
Bem, amor tem fim? Creio que não!
Mania de esquecer o que passou durante o ano na esperança de um próximo...
E as promessas feitas para mais um ano ficam sempre no papel, ou pior ainda, perdidas entre a poeira das lembranças!
As pessoas esquecem-se de se ver no espelho... de pensar em quem eu fui neste ano e em quem eu desejo ser no próximo...
Costumam enfeitas suas casas, seus corpos, mas esquecem-se do coração...
Continuam frias, secas, ásperas, tristes...
Precisam da felicidade passageira vendida nos canais de televisão...
Precisam do peru a mesa, da família reunida, da árvore enfeitada...
Enchem a árvora de bolinhas, mas esquecem-se que nas bolinhas têm a sua imagem refletida...
Preferem olhar os galhos a ter que enfrentar a sua imagem...
Não querem saber da realidade, pois enquanto não se conhece (ou se ingora conhecer) os seus defeitos, não há por que mudá-los...

Não que seja errada a felicidade do Natal, ela é linda, inebriante...
Mas que não seja passageira, vulnerável, falsa...
Que seja uma felicidade que perpetue por todos os 365 dias do ano...
Se for pra passar o natal com a família, diga a eles todos os dias o quanto os ama...
Se quiser mandar recados aos amigos, faça isso ao menos uma vez por semana...
Se for pra enfeitar a casa, lembre-se de enfeitar também a alma, de aquecer o coração...

Não deixe o natal passar em branco e ser só mais um em sua vida...
se não tens nada a fazer por ti neste ano, comece fazendo por alguém... estenda a mão, dê um abraço, as vezes um simples sorriso já basta...
Faça alguém feliz...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Silêncio


Muitas vezes as palavras já não são suficientes para expressar.
Nelas já não cabe tudo o que é impressindível dizer.
Elas já se tornaram vazias, caladas, sem nexo, sem valor...

Quantas e quantas vezes elas ficam soltas no ar, escapam sem querer, sem rumo, sem direção.

Ficam vagando, vageando, indo e vindo...

Encontram, desencontram e reencontram outras palavras, de outras pessoas. Palavras estas tão sem sentido quanto as primeiras... Pois o que necessita ser dito já não cabe em palavras...

Elas já perderam sua importância....


Aí então é o momento do silêncio. Já ouvi muitos dizerem que o silêncio não diz nada. Discordo! O silêncio diz muito, senão tudo!
No silêncio cabe tudo o que não pode ser expresso em palavras. Ele comporta todos os sentimentos...
No silêncio se chora, se espera, se ama, se desespera...
Quando as palavras já não fazem sentido é o momento do silêncio entrar em ação. É o momento de dizer sem dizer, de subentender... de transparecer...
Deixar a vida falar, o tom da respiração falar, o olhar falar...
Deixar as palavras serem mero detalhe...
E por fim, deixar a vida acontecer...

sábado, 6 de dezembro de 2008

Coisas simples


Felicidade...

Alvo de todo ser humano...
E está tão proxima, tão real...
Se encontra nas pequenas coisas da vida, nas coisas simples, quase imperceptíveis.

Um bom dia, aquele sorriso tão esperado, um olhar, uma risada compartilhada...
Caminhar na chuva, andar de bicicleta com o vento batendo no rosto, brincar por horas com uma criança...

Reconciliar depois de uma briga, abraçar alguém de quem tinhamos saudades, dividir uma casquinha de sorvete...

Olhar nos olhos sem ter nada a esconder, contar os minutos para "aquele" dia chegar, sentir o coração vibrar sem motivo aparente...

Lembrar de um cheiro, um gosto, um toque, uma voz...

Ou simplesmente conversar, sem ver o tempo passar... horas e horas a fio...