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quinta-feira, 24 de março de 2011

As vezes eu fico triste...

Ficar triste, sim isso é normal!
As vezes, muitas vezes, eu fico triste.
Não sei porque, mas eu nasci meio que predestinada a ver a vida sempre pelo lado difícil das coisas.
Tem dias que está tudo correndo bem, tudo indo da maneira planejada e eu simplesmente entristeço do nada!
Conheço gente que vai dizer "isso é início de depressão, vai te tratar!", outros ainda que me farão uma enxurrada de perguntas dos motivos pelos quais eu estou tão tristonha.
Não quero aqui retratar os meus motivos de infelicidade (sim, eu tenho motivos, não sou uma maníaca depressiva compulsiva que acha que o mundo conspira contra mim). Quero apenas dizer que é preciso ter muito mais coragem para assumir que se está triste do que para assumir a felicidade.
Como diz o próprio título do meu blog "Viver e não ter a vergonha de ser feliz". Mas aquele que nunca ficou triste, que atire a primeira pedra!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Tenho aprendido

Tenho aprendido tantas coisas que muitas vezes me espanto.

Aprendi nos últimos dias que tempo é artigo preciso, instável e que corre de uma maneira absurdamente rápida para que possamos nos dar ao luxo de ficá-lo desperdicando-o ao acaso. (Não que muitas vezes eu não me dê o prazer de parar uns minutos para observar a chuva escorrer pela janela formando desenhos)
Aprendi que muitas vezes aqueles que menos acreditamos podem nos ensinar muitas coisas e que são poucos os que estão dispostos a aprender com os outros, pois a maioria prefere socar a cabeça contra a parede que ver as cicatrizes na cabeça dos outros e simplesmente compreender que fazer o mesmo trará a eles os mesmos dolorosos resultados. (Não que para chegar a essa conclusão eu não tenha muitas e muitas vezes socado minha própria cabeça contra o muro)
Aprendi também que faz uma falta imensa a comida da mãe, o colo do namorado, a tranquilidade do sofá de casa. Que não existe lugar melhor que na sua própria cama embaixo das cobertas naqueles dias em que o frio começa a dar sinais de existência. (Mas também aprendi que muitas vezes é preciso sair do conforto do sofá, da comodidade da cama para perceber que o frio corta, mas também fortalece, e que dias chuvosos chateiam, mas não machucam ninguém)
Aprendi também que amigos vem e vão e que nem por isso uns são mais importantes que os outros por estarem mais presentes ou não, eles simploesmente compartilham status diferentes. (E quantas vezes os amigos distantes são aqueles dos quais mais sentimos falta? E não é porque não conseguimos enxergar seus defeitos como percebemos mais facilmenete nos amigos que estão mais próximos, e sim porque esses defeitos fazem uma falta tão grande que precisavamos mesmo nos abrorrecer com eles)
Aprendi que não é preciso muito para ser feliz, mas que um pouquinho de comodidade não faz mal a ninguém. Que não é preciso morar em mansões, mas que uma casa aconchegante é a melhor coisa que existe. (E se você quer saber o valor de uma casa aconchegante vá passar dois dias inteiros fora trrabalhando sem voltar para casa e veja como é parecido com o chegar no céu a sensação que se tem após colocar os pés dentro daquilo que chamamos de lar)
Aprendi que o tamanho da falta que eu sinto das pessoas é o tamanho da lacuna que elas preenchem em mim, e que meu coração é muito, muito, muito grande, pois sinto muita falta de muitas pessoas. E como me dói saber que muitas por um ou outro motivo simplesmente nunca mais serão como eram antes. (Mas nem por isso fico me lamentando, apenas agradeço a Deus todos os dias pelas pessoas maravilhosas que passaram pelo meu caminho e pelos enormes aprendizados que deixaram marcados em mim)


Enfim, sigo aprendendo, desaprendendo e reaprendendo a cada nova experiência...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Pedras no caminho.

Será que paramos para pensar em todos os problemas que temos enfrentado nos nossos dias? Dia a dia se segue sem que tenhamos tempo para pensar em tudo o que nos ocorre.
As vezes temos dias tão corridos que mal lembramos o que comemos no almoço ou o que queriamos ter feito e não tivemos tempo para começar. Cada dia tem sido um montículo de pedras que pouco a pouco vão se amontoando.

Não quero aqui falar daquela frase um tanto quanto clichê que aconselha-nos a pegar as pedras que nos jogam e construir nosso castelo. Acredito que não cabe aqui a ousadia de construir grandes coisas através do nosso fracasso, muito menos a audácia de "fazer inveja" aos que nos maltratam.

Penso apenas se não seria possível pensar em tudo isso, todas essas coisas que pouco a pouco atravessam nosso caminho sob outra ótica. Por que não ver as pedras no caminho como um possível caminho feito com pedras, onde cada pedra depositada não é um problema e sim uma superação.

Não imagino modo de ver a vida observando só os problemas que nos cercam. Não quero com isso negar a existência deles. Discussões, falta de tempo, atribulações no trabalho, família ou relacionamento. Mas, se fosse tudo tão fácil que graça haveria em viver? O que nos motivaria a levantar todas as manhãs, lavar o rosto ainda cansado e refletir sobre a imensa lista de atividades que temos a desempenhar?

Acredito que problemas não são os únicos motivadores de nosso próprio fracasso. Eles são sim os testes de nossa resistência e de nossa persistência. Eles são nossos impulsionadores quando precisamos tomar novas decisões (as vezes drásticas).
São nossas dificuldades que nos fazem crescer.

Não é preciso entristecer-se diante dos problemas, e sim alegrar-se pensando na possibilidade de crescimento e na grandeza que é estar disposto a prender com os tropeços e com as pedras no caminho. Ou seria apredner com o nosso caminho que é na verdade formado por muitas e muitas pedras? Quanto mais pedras, mais superação e mais aprendizado.