Publico, hoje, um poema que não foi escrito por mim, mas que me descreve muito do que muitas coisas que já escrevi. Rafa, obrigada pelo carinho, pela compania, pelas belas palavras e pelos sorrisos e olhares!
Afagando-te a nuvem-de-rosto,
Levemente em chuviscos…
Os ares que te gostam baloicar
Pedem por serem ausentes brincos…
Eu evaporo a sonhar no relevo
Da cor do teu olho, transpassando
As da luz… Eu sinto…
Um ar ofegante a rastejar pelos ombros…
Enquanto o ceu vive e arqueja e sorri
Diante os Sois que se criam aqui,
Eu sou a mais nova moeda da sorte
A respingar para o poco de Primaveras,
Cheio de ventos e flores e desejos…
Jorrando `as perenes bergamoteiras
A essência de idealizar o fruto…
Durante a hora de choque, hora inexata,
Uma hora absurda de encontrar perfeitos,
A vida sequer sabe de si… e se esquece!
Perde-se o tempo nas transparências,
E sao toques sinceros, ah, caricias…
Se eu soubesse explicar esse "Tudo"…
Em papel de maestro, despencaria
Mais universos, realidades, utopias,
Para a existência desses bancos de praca,
Mesmo sabendo que o explicar nao ha…
Que so podemos ser e estar…
Encaixo o tempo, lindo tanto contigo quanto
Eh abstrata a narrativa do amor.
Rafael Braga