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sábado, 30 de janeiro de 2010

Transparência

Será que somos mesmo tão importantes quanto nos julgamos?
Às vezes me pego pensando em pessoas e situações. Aqueles que hoje são essenciais, de uma hora para outra, passam a ter valor mínimo em nossas vidas. Muitas vezes não escolhemos este afastamento, mas as pessoas simplesmente vão indo e indo, cada vez mais longe dos nossos olhos e por mais que gritemos elas não são capazes de nos escutar.
Quantas e quantas vezes eu também me permiti o afastamento. Muitas vezes fui eu que sai, não de fininho, mas correndo sem qulalquer motivo aparente e depois ficava a me encantar com minha própria solidão!
Engraçado isso! Solidão. Em centenas de momentos me senti como que transparente em meio a multidão.
É estranho essa capacidade que só o ser humano tem de ignorar a existência daquele que está ao seu lado. Passamos pelas pessoas sem sequer percebê-las, e quem o tenta fazer, passa por enxerido. Um dia ainda entendo que dificulade é essa que existe no simples ato de olhar-nos nos olhos uns dos outros e falar o que se pensa e se sente.
O pior sentimento que já experimentei é a sensação de se estar entre milhares e estar completamente só.
Não se fazem mais amigos como se fazia antes. As pessoas esqueceram o que significa a palavra doação. Não se sabe mais que quando se dá, seja carinho e afeto ou alguma palavra amiga, também se ganha, porque o carinho sempre é reciproco. As pessoas esqueceram que podemos viver sem maldade, sem malícia e sem frescura, sem querer ser melhor que o outro ou dar a mão pra mostrar que pode ajudar.
Eu sonho com o dia em que tudo isso poderá mudar. Gostaria de ver mais bondade e mais união. Sinceridade nos olhares e nas ações. Gostaria de poder saber com quem contar e em quem confiar. Como diz a música "Mais uma vez" :
- "Se você quiser alguem em quem confiar, confie em si mesmo"...

5 comentários:

Anônimo disse...

Confie em Jesus. Todos são falhos e logo? Vão falhar. Mas Cristo não falha, se verdadeiramente nele confiar.

M!sunderstood disse...

Muito interessante o texto e o seu blog.

Adorei =)

Giovanni Donizete disse...

Oi Lua ...Saudades desse cantinho aqui. Adorei o texto, é incrivel saber tudo o que você escreve, saõ coisas comuns que todos passamos mas temos vergonha de expor. Solidão, quem nunca a teve, quem nunca se sentiu sozinho no meio da massa?É uma sensação horrivel, eu sei bem disso, mas, somos obrigados a sermos sós as vezes. É um sentimento que angusttia a gente,porém se pensarmos bem,somos sós em todos os sentidos,e não porque estamos sós,somos sós porque somos únicos. Nada nos iguala aos outros, cada pessoa tem peculiaridades que aas diferenciam das outras, as vezes esperamos que todos fossem iguais, ou que tivessm o mínimo de possibilidade de comparação. Essa é uma visão pobre, como diz uma outra música: ninguém é igual a ninguém.Mas o que une as pessoas são realmente as diferenças, sempre buscamos nos outros algo que não temos, alguma carência que não podemos suprir. O que concordo realmente com você, é que está cada vez mais dificil encontrar alguém que esteja a fim de compartilhar um pouquinho de si para que possamos nos sentir menos abandonados. Só acho que nessa busca de bondade, sinceridade, confiança e união, não devemos esperar nada dos outros, temos que dar o primeiro passo. Comece por você.
Foi bom comentar aqui denovo.
Bjão.
Até +

Anônimo disse...

Lua será que vc poderia me dar a honra de usar alguns de seus textos em trabalhos da escola???
caso a resposta serja sim, agradeço desde já!!!
:D seus textos são maravilhosos

Lua Muller disse...

Fiquem a vontade para usarem meus textos. Peço apenas que deem o crédito a mim (afinal foi eu que escrevi! hehe) e que coloquem, se possível, o link do blog. Bjus