Páginas

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Quando não se tem nada a falar...

Muitas vezes me calo não por não ter o que falar, mas por não poder ou não querer falar.
A maioria das pessoas não está disposta a ouvir o que os outros tem a dizer e querer impor sua opinião, na grande maioria das vezes, acaba dando errado (ou não dando em nada, o que me parece pior ainda).
Resolvi abrir o bico, colocar a boca no trombone, falar mesmo sabendo que as pessoas não me escutarão.
A pior sensação que existe é ter a impressão que se está falando para o nada. Mas ainda pior que isso eu sinto quando me nego a falar o que penso.
Entre pecar por omissão e pecar por excesso prefiro ainda a segunda opção.
Melhor aquele que muito fala e muito erra, que aquele que se mantém calado, "imparcial" e fica na omissão.
Só sou alguém no mundo no momento nem que imponho meu lugar. E como fazer isso? Falando, oras!
Falar é o que nos torna humanos, singulares.
Então, dentre as opções de vida que eu tinha a fazer, dentre os modos de encarar a realidade (ou me esconder dela) preferi esse: falar o que é necessário, pois antes falar demais do que não ter o que falar.
Mais triste que a pessoa que não tem limites sobre as suas palavras é aquela que sequer tem palavras a dizer. Uma pessoa vazia, melhor seria se se calasse de vez, pois pior que viver e não trazer grandes contribuições aos mundo é simplesmente passar pela vida despreocupadamente como se viver fosse simplesmente fazer as atividades rotineiras dia após dia.
Prefiro a agonia de pensar que falei demais que a imoralidade de saber que me calei quando deveria ter "baixado o verbo".
E que me critiquem aqueles que não suportam a sinceridade, a honestidade e a cara limpa. Falo, sempre falei e seguirei falando. Pois eu me constituo na e pela linguagem, já dizia Benveniste!

Nenhum comentário: